Eclesiastes

O Livro de Eclesiastes é um livro de literatura sapiencial da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento) que oferece uma reflexão filosófica sobre o sentido da vida e a busca da felicidade.


O livro é tradicionalmente atribuído ao rei Salomão, mas sua autoria é incerta. É escrito em forma de monólogo por um personagem chamado "o Mestre" (ou "o Pregador") que reflete sobre a futilidade e a transitoriedade da existência humana.


O Livro de Eclesiastes desafia a sabedoria convencional sobre a busca de riqueza, prazer e poder, e questiona o valor das realizações humanas diante da morte e da impermanência. O Mestre explora vários aspectos da vida, como trabalho, prazer, sabedoria e relacionamentos, e conclui que todos são, em última análise, sem sentido e passageiros.


Apesar de sua perspectiva aparentemente pessimista, o Livro de Eclesiastes oferece alguns insights sobre como encontrar significado e alegria na vida. O Mestre sugere que a chave para a felicidade é aproveitar os prazeres simples da vida e encontrar contentamento no trabalho e nos relacionamentos. O livro também enfatiza a importância de viver o momento presente e encontrar satisfação nos pequenos prazeres do dia a dia.


O livro de Eclesiastes é significativo por seus insights filosóficos sobre a condição humana e seu desafio à sabedoria convencional sobre a busca da felicidade. Seus temas de impermanência, falta de sentido e a busca pela felicidade ressoaram com os leitores ao longo dos tempos e inspiraram inúmeras obras de literatura e filosofia.

A palavra hebraica significa Pregador e se refere ou significa alguém que convoca e se dirige a assembleias.


Expressões como “percebi”, “disse em meu coração”, “vi” etc., indicam que não é a vontade de Deus que é desenvolvida, mas um homem está falando de seus próprios empreendimentos e fracasso total.


A visão geral ou frase-chave é “debaixo do sol”, com o triste refrão, “vaidade de vaidades, tudo é vaidade” e mostra como um homem, nas melhores condições possíveis, buscava alegria e paz, tentando o seu melhor a cada recurso humano. Ele teve o melhor que pôde ser obtido, da sabedoria humana, da riqueza, do prazer mundano, da honra mundana, apenas para descobrir que tudo era “vaidade e irritação de espírito”. É o que um homem, com o conhecimento de um Deus santo, e que Ele levará tudo a julgamento, aprendeu do vazio das coisas “debaixo do sol” e de todo o dever do homem de “temer a Deus e guardar seus mandamentos”.


O objetivo, então, não é expressar as dúvidas ou ceticismo do escritor, não registrar a queixa de um espírito amargo. Não é a história de um pessimista ou de um homem mau que se tornou moralista. Mas pretende mostrar que, se alguém realizar todos os objetivos, esperanças e aspirações da vida, eles não trarão satisfação ao coração. Sua experiência é usada para mostrar o resultado de mundanismo e satisfação própria em contraste com o resultado da sabedoria superior da vida divina. É-nos mostrado que o homem não foi feito apenas para este mundo e não para realização ou gratificação egoísta, mas para cumprir algum grande plano de Deus para ele, que ele realizará através da obediência e do serviço Divino.


O verso de abertura e algumas outras passagens, como algumas das condições, bem como os caracteres das pessoas representadas no livro, dão a impressão de que Salomão o escreveu, mas existem outras evidências que apontam para algum outro autor. Nem o autor nem a data da redação foram definitivamente determinados.


(J. B. Tidwell)