Quid Novi in Veteri

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Quid Novi em Veteri #7

Orações, Logo, Pais da Igreja.

Paulo Matheus

set 19, 2024


Orações

Intercessão

“Que Deus, o Pai, e o Eterno Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, nos fortaleçam na fé, na verdade e no amor, e nos concedam a nossa parte entre os santos, junto a todos aqueles que creem em nosso Senhor Jesus Cristo. Oramos por todos os santos, pelos reis e governantes, pelos inimigos da Cruz de Cristo, e por nós mesmos, para que nossos frutos abundem e sejamos aperfeiçoados em Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém.”

—Policarpo.


Gosta de orações escritas? Acesse nossa página de conteúdo Orações e encontre as mais varias orações escritas ao longo da história da Igreja.


Novo logo

Para quem segue a gente nas redes sociais, já deve ter percebido que nosso logo mudou. Sim! Ele está mais moderno, simples e representativo. E este belo trabalho é obra de João Lucas Kanitz (você pode encontrá-lo aqui).

Em breve, publicaremos outras mudanças, principalmente em nossas capas, que estarão alinhadas a este novo estilo, bem como passarão por uma revisão. Aos poucos, nosso site também receberá este novo design.


Discurso aos Gregos

Temos o prazer de anunciar o mais recente volume da Coleção Pais da Igreja: Discurso de Taciano aos Gregos, de Taciano Sírio. Este trabalho apresenta um olhar profundo sobre a trajetória de Taciano, um discípulo de Justino Mártir que, inicialmente fervoroso defensor do cristianismo e crítico do paganismo, acabou se afastando da ortodoxia ao ser influenciado por visões gnósticas. Sua fundação da seita dos Encratitas e sua abordagem rigorosa à disciplina ascética marcaram uma mudança significativa em sua vida e obra.

Taciano é amplamente reconhecido pela criação do Diatessarão, a primeira harmonia dos Evangelhos, que buscava unir os textos de Mateus, Marcos, Lucas e João em uma única narrativa coerente. Embora o texto original tenha se perdido, sua influência permaneceu significativa entre os cristãos primitivos. A nova edição de Discurso aos Gregos oferece uma oportunidade de reavaliar o impacto de Taciano na formação do pensamento cristão, reconhecendo suas contribuições e suas controvérsias, além de contar com as notas importantes das edições de Philip Schaff.

Nossa previsão de lançamento é para a segunda semana de outubro.

Quid Novi em Veteri #6

Fé e ciência.

Paulo Matheus

Ago 16, 2024


Big Bang


Em debates sobre a existência de Deus, é interessante notar que o "Big Bang" não é utilizado como premissa inicial em nenhum argumento teísta clássico. Em vez disso, ele emerge como uma consequência dedutiva natural de premissas que apontam para a necessidade de uma causa transcendente para o universo. Curiosamente, o ateísmo contemporâneo se vê em uma posição delicada em relação ao Big Bang. Embora essa teoria seja amplamente aceita como a explicação mais robusta para a origem do cosmos, muitos ateus buscam maneiras de evitá-la ou reinterpretá-la, uma vez que o Big Bang implica em um início cósmico – algo que, segundo alguns ateus, poderia sugerir a necessidade de uma causa externa ao universo.

Essa tensão é evidente nos esforços contínuos de alguns ateus em "inventar" teorias alternativas que possam eliminar a necessidade de um começo absoluto para o universo, tentando assim suprimir o que parece ser uma forte evidência de uma causa inicial. No entanto, é notável que a teoria do Big Bang continue sendo a explicação científica mais convincente para a origem do universo, mesmo entre muitos que se opõem à ideia de uma causa transcendente. Paradoxalmente, enquanto alguns cientistas e filósofos ateus se esforçam para neutralizar as implicações teístas do Big Bang, existem também aqueles que, curiosamente, tentam refutá-lo completamente. Para essa pequena minoria, que pode incluir alguns teólogos, o Big Bang é visto como uma teoria problemática que deve ser combatida, independentemente das evidências que o sustentam.

As teorias científicas, por mais que avancem nosso entendimento do universo, podem tanto desafiar quanto reforçar visões de mundo profundamente enraizadas. No entanto, é fundamental reconhecer que a verdade revelada pela ciência divina pode não ser plenamente compreendida pelo ser humano. Assim, a busca pela verdade, seja ela científica ou teológica, continua a nos desafiar e a convidar à reflexão sobre as grandes questões da existência com humildade e reverência.


Ainda em Fé e Ciência


Ao longo da história, a relação entre fé e ciência tem sido tema de muitas discussões. No século passado, o principal debate girava em torno da possibilidade de religião e ciência coexistirem de forma harmoniosa. No entanto, essa questão nunca foi um obstáculo real no desenvolvimento da ciência, uma vez que as maiores mentes das áreas científicas mais importantes eram, de fato, cristãs.

Com esse entendimento, o Repositório Cristão está se dedicando a traduzir e disponibilizar uma coleção inédita de obras, tanto no Brasil quanto no mundo de língua inglesa. Essa coleção inclui escritos de figuras como Pascal, Euler, Bacon e Boyle, que, ao abordar temas teológicos, defendem que a fé cristã não só é compatível com a ciência, mas que a transcende. Segundo esses pensadores, sem a fé, não há propósito claro que nos motive a explorar e compreender a natureza que nos foi revelada.

Em breve, mais detalhes! Nos acompanhe aqui.


Recensões de Inácio de Antioquia


O texto das epístolas de Inácio de Antioquia é conhecido em três versões diferentes, chamadas de recensões: a Recensão Curta, que está presente em um manuscrito siríaco; a Recensão Média, encontrada em manuscritos em várias línguas, como grego, latim, armênio, eslavo, copta, árabe, etíope e siríaco; e a Recensão Longa, disponível em manuscritos gregos, latinos e georgianos.

Por muito tempo, acreditou-se que a única versão das epístolas inacianas fosse a Recensão Longa. No entanto, em 1628, o Arcebispo James Ussher descobriu uma tradução latina da Recensão Média, que ele publicou em 1646. Após essa descoberta, houve um debate por aproximadamente 25 anos sobre qual das recensões representava o texto original das epístolas. No entanto, no final do século XVII, John Pearson defendeu vigorosamente a autenticidade da Recensão Média, e, desde então, existe um consenso acadêmico de que esta é a versão original. Acredita-se que a Recensão Longa seja uma versão interpolada por um cristão ariano do século IV, que adicionou material à Recensão Média para usar Inácio em disputas teológicas da época. Esse mesmo autor também forjou seis epístolas espúrias atribuídas a Inácio.

No meio do século XIX, William Cureton descobriu e publicou manuscritos que representavam a Recensão Curta das epístolas. Embora tenha havido um breve debate acadêmico sobre se essa recensão era mais antiga e mais próxima do original do que a Recensão Média, no final do século XIX, os estudiosos Theodor Zahn e J.B. Lightfoot estabeleceram um consenso de que a Recensão Curta é, na verdade, apenas um resumo da Recensão Média e foi composta posteriormente.


Recensão Longa da Carta aos Efésios


Inácio escreve aos cristãos de Éfeso, elogiando sua fé firme em Cristo e seu amor pelo bispo Onésimo, que ele considera excelente. Ele exorta os efésios à unidade sob a liderança do bispo e do presbitério, comparando-os a um coro harmonioso sob a direção de Deus. Inácio alerta contra falsos mestres e exorta a comunidade a permanecer fiel aos ensinamentos de Cristo, rejeitando doutrinas errôneas e permanecendo unidos na oração e na fé. Ele enfatiza a importância da humildade, paciência, e oração pelos outros, encorajando-os a seguir o exemplo de Cristo em todas as coisas. Inácio também destaca a necessidade de confessar Cristo não apenas em palavras, mas em ações, e alerta sobre o destino daqueles que corrompem a igreja com falsos ensinamentos. Ele termina exortando os efésios a se reunirem frequentemente para a adoração a Deus, fortalecendo assim sua união contra as forças do mal.

Ler esta recensão longa aqui.


Quid Novi em Veteri #5

Símbolos cristãos, artigos e mais.

Paulo Matheus

AGO 09, 2024


Símbolos cristãos nas Olimpíadas


Recentemente, houve uma polêmica em torno da presença de manifestações cristãs durante os Jogos Olímpicos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) estipulou que nenhum atleta poderia expressar sua fé pessoal publicamente durante as competições. Embora essa diretriz vise manter a neutralidade e a inclusão nas Olimpíadas, é notável que essa restrição parecia direcionada especificamente ao cristianismo, enquanto outras religiões (e ideologias) aparentemente podiam exibir seus costumes e símbolos sem problemas. É importante ressaltar que a presença de símbolos cristãos é bastante evidente nas Olimpíadas e, para que esses elementos passassem despercebidos, seria necessário subvertê-los completamente.

Aqui vai uma lista de diversos símbolos cristãos que são evidentes nas Olímpiadas e que precisariam de ser totalmente subvertidos para passarem despercebidos:


>>> Bandeiras cristãs


Pelo menos 25 bandeiras possuem símbolos cristãos. Os países nórdicos são basicamente uma cruz cristã. Poderíamos listar diversos brasões de armas (como os da Holanda, Bélgica, Hungria, Bulgária, Romênia, República Checa, Rússia, Luxemburgo, Mônaco e até o Canadá, etc.). Eis uma pequena lista das bandeiras que são hasteadas durante os jogos:


>>> Hinos nacionais


Vários hinos nacionais ao redor do mundo contêm referências explícitas ao cristianismo. Há diversos hinos que iniciam com “Deus salve” ou “Deus abençoe”, como o hino da Letônia (Deus, abençoe a Letônia) ou então o famoso hino do Reino Unido (God save the King).

Alguns trechos que demonstram a fé explicita:

Hino da Noruega:

Homens noruegueses nas casas e no campo,
Agradeçam ao vosso grande Deus!

Hino da Sérvia:

“Ó Deus da justiça, que nos salvaste
da ruína até agora,
Escuta agora, e, ó líder,
Dá-nos a salvação!”.

Hino da Jamaica:

“Pai eterno, abençoa nossa terra,
Protege-nos com Tua mão poderosa;
Mantenha-nos livres de poderes malignos;
Seja nossa luz através de incontáveis horas.”

Hino da Suíca (ou Salmo Suíço):

“Deus, ó Senhor, em nobre pátria.
No vir da noite fulgurosa,
cerimonio-Te no sereno estrelado,
a Ti, adoramos, Amoroso!”

Hino da África do Sul:

“Escuta-nos, Senhor
bendiz a nós, Teus filhos.”

Hino da Islândia:

“Ó, Deus de nossa terra! Ó, terra de nosso Deus!
Nós louvamos Teu santo nome!”

Hino da Hungria:

“Deus, derrama sobre o húngaro fartura e alegria.
Guarda-o com teu braço quando luta com inimigos.”

Hino da Holanda:

Meu escudo e lealdade
És Tu, oh Senhor Meu Deus
Sobre Ti construirei
a Ti, adoramos, Amoroso!”

São muitos, e faltaria espaço e tempo para compilar tantos!


>>> Criação de esportes


O YMCA (Associação Cristã de Moços) desempenhou um papel crucial na criação e promoção de diversas modalidades olímpicas, especialmente no final do século XIX e início do século XX. Fundado em 1844, o YMCA começou a integrar atividades físicas e esportivas em seu programa, com o objetivo de promover o desenvolvimento físico, mental e espiritual dos jovens. Uma das contribuições mais significativas foi a invenção do basquete em 1891, pelo professor de educação física James Naismith, que trabalhava no YMCA em Springfield, Massachusetts. Além disso, a organização ajudou a difundir esportes como vôlei e handebol, que também foram incluídos posteriormente nos Jogos Olímpicos. Ao enfatizar a importância do esporte como um meio de formação integral e de construção de caráter, o YMCA contribuiu para a evolução do movimento olímpico, alinhando-se aos valores de fair play e ao espírito de camaradagem que caracterizam os Jogos.

Além disso, é preciso mencionar que William Webb Ellis inventou o rúgbi, e que o remo como esporte organizado é espelhado na Regata Real Henley, deste símbolo aí abaixo:

Sabe de mais algum símbolo que poderia estar aqui?


Vendas internacionais


Apesar de termos começado traduzindo do inglês para o português, nosso alcance é maior que apenas nosso país. De acordo com dados da Amazon, nossos livros alcançaram ao menos oito países, considerando os marketplaces específicos.

Com o aumento de nosso catálogo para o idioma inglês, as vendas aumentaram nos principais mercados deste idioma (EUA, Reino Unido, Austrália e Canadá).


Todas as Religiões São Igualmente Salvíficas?


Richard Swinburne aborda a questão de se todas as religiões são igualmente salvíficas, ou seja, se todas podem levar à salvação de forma igual. Ele define religião como um sistema que oferece bem-estar profundo nesta vida e um cumprimento final após a morte, a qual chama de salvação. Ele destaca que cada religião possui um caminho (um estilo de vida) e um credo (sistema doutrinário), e que diferentes religiões têm diferentes concepções de salvação.

No cristianismo, seguir o caminho envolve ações ordenadas pelos Dez Mandamentos, o Sermão da Montanha e as Cartas de São Paulo. Algumas dessas ações são moralmente obrigatórias, independentemente da existência de Deus, como pagar dívidas e alimentar os filhos. Outras ações são moralmente boas e incluem ajudar os outros a levar uma vida profundamente feliz.

Swinburne argumenta que uma razão religiosa para seguir o caminho cristão é prestar devida adoração e obediência a Deus, que é visto como a fonte de todo ser. Ele afirma que a adoração é a resposta apropriada à bondade perfeita de Deus. Se Deus se manifestou como Jesus Cristo para expiar os pecados humanos, isso merece grande devoção e serviço.

O budismo oferece uma salvação diferente, centrada no conceito de nirvana. O nirvana envolve o fim do ciclo de morte e renascimento, além de um fim do sofrimento e dos desejos mundanos. No entanto, o que exatamente constitui o nirvana é pouco claro e varia entre diferentes interpretações. Swinburne destaca que o nirvana não envolve amizade com um Deus criador ou com humanos conhecidos na terra, o que ele considera uma limitação em comparação com a salvação cristã.

Swinburne argumenta que diferentes religiões têm diferentes objetivos e concepções de salvação. Ele sugere que a salvação cristã, que inclui uma relação contínua com Deus e outros humanos, é mais desejável do que o nirvana budista. Ele também afirma que o cristianismo oferece uma explicação mais clara de como seguir seu caminho pode levar à salvação, enquanto o budismo oferece menos clareza sobre o nirvana.

Para Swinburne, as diferentes concepções de salvação tornam algumas religiões mais valiosas que outras. Ele acredita que a evidência pública favorece o credo cristão sobre o budista e outras religiões, mas mesmo sem essa vantagem, ele defende que o caminho cristão é preferível devido aos seus objetivos mais desejáveis e claramente definidos.

Para conferir o artigo na íntegra, clique aqui.


Quid Novi em Veteri #4

Novidades sobre livros e artigos.

PAULO MATHEUS

JUL 24, 2024


O (quase canônico) Pastor de Hermas disponível!


O Pastor de Hermas, também conhecido simplesmente como O Pastor, é uma obra literária cristã datada do final da primeira metade do século II. Muitos cristãos da época a consideravam valiosa, e alguns dos primeiros Pais da Igreja, como Irineu, a reconheciam como escritura canônica. Este texto gozou de grande popularidade entre os cristãos dos séculos II, III e IV e está presente no Codex Sinaiticus.

O fragmento Muratoriano, um dos mais antigos registros de livros aceitos como parte do Novo Testamento, menciona Hermas como o autor de O Pastor, identificando-o como irmão do Papa Pio I. Hermas, um ex-escravo, relata no livro uma série de visões, mandamentos e parábolas.

Estrutura da obra:

1. Visões: O Pastor de Hermas é composto por cinco visões que Hermas recebeu. Estas visões servem como uma introdução à mensagem espiritual e moral que ele quer transmitir.

2. Mandamentos: Seguindo as visões, o texto apresenta doze mandamentos. Estes mandamentos são orientações morais e éticas que os cristãos devem seguir para viver de acordo com a vontade de Deus.

3. Parábolas: A última parte do livro contém dez parábolas, também chamadas de similitudes. Estas parábolas utilizam histórias simbólicas para ilustrar lições espirituais e morais.

A popularidade do livro pode ser atribuída à sua abordagem prática e acessível à vida cristã, bem como à sua ênfase na moralidade e na necessidade de arrependimento. Embora não tenha sido incluído no cânone do Novo Testamento, O Pastor de Hermas teve uma influência significativa na formação da teologia e da espiritualidade cristã primitiva.

Achou interessante

Clique aqui para a versão Kindle desta obra.


Ciência e Religião, por Heisenberg.


O artigo Gesprache uber das Verhaltnis von Naturwissenschaft und Religion (Conversas sobre a relação entre Ciência e Religião), de Werner Heisenberg, vencedor do Nobel de Física, oferece uma interessante incursão nas interseções entre dois dos mais poderosos sistemas de crenças da humanidade: a ciência e a religião. Heisenberg, um dos físicos mais renomados do século XX, conhecido principalmente por sua contribuição para o desenvolvimento da mecânica quântica, explora essa questão complexa por meio de discussões e diálogos, abrindo uma janela para as reflexões profundas e multifacetadas sobre o assunto.

Uma das questões centrais levantadas é a possível compatibilidade entre os métodos e descobertas da ciência com as crenças e dogmas religiosos. Heisenberg, ao longo das discussões, destaca a necessidade de se abordar essa questão com uma mente aberta e uma apreciação pela complexidade subjacente.

Em suas conversas, Heisenberg menciona cientistas notáveis como Max Planck, Albert Einstein e Paul Dirac. Max Planck, conhecido como o pai da teoria quântica, contribuiu significativamente para a compreensão da física dos átomos e da radiação. Albert Einstein, cuja teoria da relatividade revolucionou nossa compreensão do universo, também é citado nas discussões sobre a relação entre ciência e religião. Paul Dirac, um físico teórico cujo trabalho na mecânica quântica ganhou reconhecimento internacional, é mencionado em conexão com sua crítica ao pensamento religioso.

Outro ponto de destaque é a discussão sobre a possível sobreposição entre os domínios da ciência e da religião. Heisenberg enfatiza que, embora possam existir áreas de convergência entre esses dois campos, como a busca por significado e propósito na vida, eles geralmente operam em esferas distintas e abordam perguntas fundamentais de maneiras diferentes. No entanto, ele reconhece que a religião desempenha um papel crucial na vida humana, oferecendo consolo, orientação moral e um quadro de referência para entender o mundo.

Você pode conferir ele na íntegra aqui.


Frase


"Pois é claro que, embora decapitados, crucificados e lançados a feras, correntes, fogo e todos os outros tipos de tortura, não desistimos de nossa confissão; mas quanto mais tais coisas acontecem, mais outros e em maior número se tornam fiéis e adoradores de Deus através do nome de Jesus."
Justino Mártir, Diálogo com Trifão.


Anglicanismo Evangélico


Estamos lançando nosso primeiro volume único de nossas coleções: “Anglicanismo Evangélico”, coletânea dos três livros desta coleção lançada por J. C. Ryle (Religião Prática, Caminhos Antigos e Nós Desatados).

"Anglicanismo Evangélico" é uma compilação essencial que reúne três obras fundamentais de J.C. Ryle, apresentando uma abordagem clara e acessível aos princípios do cristianismo evangélico. Em "Religião Prática", Ryle mergulha em uma variedade de temas, desde a oração até os sacramentos, destacando os elementos essenciais da fé cristã e desafiando as tendências igrejistas de seu tempo e de hoje. "Caminhos Antigos" oferece uma visão sobre doutrinas fundamentais do Evangelho, enquanto "Nós Desatados" explora questões eclesiásticas comuns a muitas denominações protestantes. Em todas as obras, Ryle mantém um compromisso firme com as Escrituras Sagradas e defende uma fé centrada no Evangelho.

Este livro é um recurso valioso não apenas para anglicanos de baixa igreja, mas para todos os cristãos que buscam uma compreensão mais profunda e sólida de sua fé.

Adquira o kindle aqui. Em breve detalhes do volume físico!


Quid Novi em Veteri #3

Livro grátis, livros futuros, Rússia.

PAULO MATHEUS

FEV 27, 2024

Contos de Dostoiévski


Você já leu os principais clássicos de Dostoiévski e quer se aventurar por outras obras do mesmo autor? Pois bem, para muitos (Einstein, Freud, Bento XVI, e uma penca de ganhadores do Nobel), “Os Irmãos Karamázov” é a obra máxima da literatura. Durante sua vida, Dostoiévski escreveu diversos contos, mas a última década representou bem o pensamento que ele vinha adotando desde seu retorno da prisão - e o abandono do socialismo revolucionário.

O interessante destes contos da última década é que eles formam, aqui e ali, o modo como ele lidaria com diversas questões em sua obra máxima - o socialismo importado da Europa para Rússia e a loucura que isso poderia causar; a busca pelo sentido, e a reflexão sobre aqueles que desistiram de buscar; a redenção ao se abandonar uma visão pessimista da vida; o fantástico para ilustrar alguns absurdos - principalmente o ateísmo.

O título representado na capa, "O Menino na Árvore de Natal de Cristo", é um conto comovente que explora a fé e a esperança em meio à pobreza e ao sofrimento. A história é rica em simbolismo e deixa uma mensagem de compaixão e amor ao próximo.

Bora baixar e ler de graça? Clique aqui.

Quer ver contos de Dostoiévski - inclusive seu último escrito? Então, clique aqui.


O teólogo e filósofo Euler


Ainda na Rússia: Leonhard Euler (1707-1783) foi um dos matemáticos mais influentes da história, cujas contribuições abrangem diversas áreas da ciência. Ele fez avanços significativos na teoria dos números, resolvendo problemas complexos relacionados aos números primos e desenvolvendo equações fundamentais. Na geometria, suas descobertas incluem os poliedros de Euler, que são importantes na topologia. Além disso, Euler teve um papel crucial na teoria dos grafos, uma ferramenta essencial em várias disciplinas, como ciência da computação e redes. Suas contribuições para a óptica também foram notáveis, ajudando a entender melhor a natureza da luz. Além disso, Euler contribuiu para a notação matemática, introduzindo símbolos como "e" e "π".

O que poucos sabem é que Euler fez importantes contribuições para a teologia e filosofia, que durante o Iluminismo contribuiu para uma defesa apologética do cristianismo.

Euler, suíço de Basileia, passou a maior parte da vida no então Império Russo. Conta-se que, na corte de Catarina, Diderot (1713-1784) estava questionando a existência de Deus durante um jantar na corte. Euler, que era um dos convidados, teria respondido de forma perspicaz, afirmando que, enquanto Diderot estava falando, ele estava ocupado com um problema matemático complexo. Euler então teria apresentado uma equação que comprovava a existência de Deus, o que deixou Diderot sem palavras.

Ainda que isso aí seja uma lenda, os escritos de Euler não o são. O Repositório Cristão está preparando (aos poucos, é verdade) uma coleção de clássicos que são raros inclusive na língua inglesa, tal como este aqui (que em português se chamará “O Cristão Virtuoso, do pai da química moderna Robert Boyle). São livros escritos pelos precursores da ciência e que contribuíram para o avanço da defesa de fé.

Você pode conferir aqui um artigo bem interessante de Euler, denominado “Uma defesa da revelação contra as objeções dos livres pensadores”.


A lenda de Diderot na visão do louco Fyodor Pavlovitch


Fyodor Pavlovitch é um personagem caricato da família Karamázov. Provavelmente bêbado, ele reescreveu a lenda de Diderot de outra forma:

"Eu sou como o filósofo Diderot, Vossa Reverência. Já ouviu, Santíssimo Pai, a história de como Diderot foi ver o Metropolita Platon, na época da Imperatriz Catarina? Ele entrou e disse diretamente: 'Deus não existe.' A isso, o grande bispo levantou o dedo e respondeu: 'O tolo disse em seu coração que não há Deus.' E ele caiu aos pés dele na hora. 'Eu creio', ele gritou, 'e serei batizado.' E assim foi. A Princesa Dashkov foi sua madrinha, e Potyomkin, seu padrinho."

“Fyodor Pavlovitch, isso é insuportável! Você sabe que está contando mentiras e que essa anedota estúpida não é verdadeira. Por que está agindo como um tolo?”, gritou Miüsov com a voz trêmula.

"Eu suspeitava a vida toda que não era verdade", exclamou Fyodor Pavlovitch com convicção. "Mas vou contar toda a verdade, senhores. Grande ancião! Me perdoe, a última parte sobre o batismo de Diderot eu inventei agora mesmo. Nunca tinha pensado nisso antes. Eu inventei para adicionar um pouco de ‘picância’. Eu finjo ser um tolo, Pyotr Alexandrovitch, para me fazer agradável. Embora na verdade eu mesmo não saiba, às vezes, para que faço isso. E quanto a Diderot, ouvi até ‘o tolo disse em seu coração’ vinte vezes da nobreza daqui quando era jovem. Ouvi sua tia, Pyotr Alexandrovitch, contar a história. Todos eles acreditam até hoje que o infiel Diderot veio discutir sobre Deus com o Metropolita Platon...”.

Miüsov levantou-se, esquecendo-se de si mesmo em sua impaciência. Estava furioso e consciente de que estava sendo ridículo.”

Este é um trecho da conversa no mosteiro, de onde ouvimos falar do conceito “Se Deus não existe, tudo é permitido (não necessariamente nestas palavras). A passagem reflete o caráter volúvel e muitas vezes cômico de Fyodor Pavlovitch, bem como as tensões e conflitos entre os personagens ao longo do romance.


Quid Novi em Veteri #2

Pais da Igreja, leituras, artigos e mais.

PAULO MATHEUS

9 DE FEV. DE 2024


Defesa do Cristianismo


Em 1884, J. C. Ryle já era bispo de Liverpool, uma diocese nova até então. Já havia escritos seus principais livros, e um de seus últimos, direcionado a anglicanos, possui dois artigos interessantes onde ele faz sua defesa da fé cristã.

No primeiro deles, ele elabora um “pensamento para céticos”, onde argumenta que a fé cristã não é, de forma alguma, incompatível com toda a ciência até então ~ e nem nunca deixou de ser mesmo em nossos dias. Ele não para apenas na ciência tal como conhecemos, mas elabora um panorama do próprio relato bíblico como fidedigno mesmo para o mais incrédulo.

No segundo, ele vai além, colocando todas as evidências possíveis para provar que o cristianismo trouxe não apenas a aparente benignidade e auxílio, como também a alta cultura ~ e inclusive percebido por Rousseau. Neste, ele monta um apanhado de ditos que corroboram seu argumento, dentre os quais este abaixo:

“Quer você considere as nações bárbaras, quer aquelas que eram mais polidas; quer você olhe para os tempos mais remotos dos quais temos alguma história autêntica, ou aqueles mais próximos do nascimento de nosso Senhor; tudo era uma massa espessa e impenetrável de desordem moral e ruína.”

Bora conferir na íntegra?


E aí, quer ter acesso à última versão das Loci’s de Melanchthon, a primeira teologia sistemática protestante? Na Amazon, você encontra tanto o ebook quanto o livro físico clicando aqui.


Quase no Cânone?


Você sabia que o livro O Pastor de Hermas era considerado inspirado por alguns Pais da Igreja? Bem, talvez apenas por dois ou três, sendo o mais conhecido, Irineu de Lyon.

O livro, atribuído a Hermas de Roma (Orígenes, Eusébio e Jerônimo consideravam o Hermas de Romanos 16. 14), era tão famoso em seu tempo e sua leitura tão difundida que ele é comparado à influência de O Peregrino de Bunyan.

Imagine-se em um mundo de visões, parábolas e ensinamentos morais, onde o personagem principal, Hermas, busca entender a vontade divina. O Pastor de Hermas é exatamente isso - uma viagem espiritual através de alegorias e lições que ecoam as preocupações éticas e espirituais dos primeiros cristãos. Desde suas visões profundas até suas instruções sobre penitência e arrependimento, esta obra oferece uma janela fascinante para o mundo cristão primitivo.

A discussão sobre a autenticidade e a inspiração do Hermas apostólico foi um tema de grande importância nos primeiros tempos da igreja. Aqueles que defendiam Hermas como o autor naturalmente o valorizavam muito, levantando debates sobre sua natureza inspirada. Entre os primeiros escritores, há uma tendência a considerá-lo de fato inspirado. Irineu o menciona como Escritura, Clemente Alexandrino se refere a ele como fazendo declarações "divinamente", e embora Orígenes possa parecer ter algumas dúvidas em suas expressões, ele claramente acredita que é "divinamente inspirado". Eusébio, por sua vez, observa que havia diferentes opiniões em sua época sobre a inspiração do livro, com alguns contestando suas reivindicações e outros defendendo sua origem divina, especialmente por ser considerado uma introdução admirável à fé cristã. Eusébio também menciona que o livro era lido publicamente nas igrejas por essa razão.

A única voz da antiguidade decididamente oposta à reivindicação é a de Tertuliano, que o rotula como apócrifo e o rejeita, principalmente por causa de suas inclinações anti-montanistas. No entanto, mesmo nas palavras de Tertuliano, percebe-se que Hermas era considerado em muitas igrejas como uma obra respeitável, quase equiparada à Escritura. Essa divergência de opiniões lançava luz sobre a complexidade e as nuances do pensamento cristão primitivo.

Portanto, dado que ele é amplamente citado por Irineu e altamente valorizado pelos primeiros Pais da Igreja, sua leitura hoje é tão crucial quanto a de outros livros da coleção. Com previsão de lançamento em março, este livro será uma adição fundamental à nossa coleção Pais da Igreja.

Para aqueles que já foram lançados, clique aqui.


Leitura anual da Bíblia


O ano começou, e você ainda não iniciou sua leitura anual da Bíblia? Quer compensar com um mais difícil do que apenas ler a Bíblia em um ano?

Pois bem, se visitar nosso site aqui, você acessará ao método M'Cheyne. Ele projetou um sistema amplamente utilizado para leitura da Bíblia em um ano. O plano envolve a leitura do Novo Testamento e dos Salmos duas vezes por ano, e do Antigo Testamento uma vez.

Esse plano tem o objetivo de ajudar os cristãos a lerem a Bíblia completa em um ano, com uma abordagem que envolve a leitura de quatro seções da Escritura diariamente.

Aproveite e baixe o arquivo para se guiar nos dias de leituras. Não esqueça de meditar nas passagens sempre que possível, para que a leitura seja mais proveitosa.

Quid Novi in Veteri #1

As novidades do site, dos livros e mais.

PAULO MATHEUS

29 DE JAN. DE 2024


Olá. Estamos começando uma newsletter do site do Repositório Cristão. Ela será curta no começo, mas esperamos em breve ter maior abrangência daquilo que fazemos por lá (e fora de lá também).

Assim como é no céu

Nosso mais novo lançamento é um livro bastante reflexivo, escrito pela poetisa Lucy Larcom em 1891. “Assim como é no céu”, trecho da oração do Pai nosso, dá o tom do livro, em que a autora faz não apenas uso de seu próprio estilo de escrita, como também de outros poetas e autores renomados, inclusive George MacDonald.

Uma leitura rápida e edificante, para um momento intimista.


“Em todas as coisas, nada posso ver,

Nada desejar ou buscar, exceto a Ti!".



Ah, e logo mais teremos um livro posterior dela, “O amigo invisível”, mas antes disso, confiram o ebook e ~ se possível ~ nos deem um feedback.

Link do livro aqui.

E nosso acervo está aqui: Link.


Biografias

Não sabemos ao certo, mas parece que nosso site, excetuando a Wikipedia e outros correlatos, possui um dos maiores acervos de biografias cristãs. Duvida? Bora conferir aqui neste link.

Lembrando que você pode sugerir alguma nova sempre que desejar através de nossos canais das redes ou pelo e-mail se assim o desejar.


Pensamentos

O clássico “Pensamentos “, de Blaise Pascal, dispensa apresentações. Agora, o que dizer daquele que considero o mais impactante? O Pensamento 194 de Pascal aborda a importância de entender a religião antes de criticá-la. Ele argumenta que a verdadeira fé reconhece a limitação humana diante de Deus, que muitas vezes se revela de maneiras obscuras e indiretas. Pascal destaca a necessidade de buscar sinceramente a verdade espiritual, especialmente quando se trata da imortalidade da alma e da eternidade.

Ele critica aqueles que negligenciam essas questões essenciais da vida, sugerindo que é uma atitude irracional e prejudicial. Pascal contrasta a sensibilidade humana para assuntos triviais com a indiferença em relação à vida eterna, considerando-a monstruosa. Ele enfatiza que a busca pela verdade religiosa não deve ser menosprezada, pois é crucial para a conduta e o destino humanos.

Pascal desafia os que duvidam da religião a examinarem suas próprias razões e a considerarem as implicações de suas crenças. Ele destaca a importância de enfrentar as questões espirituais com seriedade e sinceridade, reconhecendo que a fé genuína exige um esforço ativo na busca da verdade.

No final, Pascal encoraja aqueles que buscam sinceramente a verdade a encontrarem satisfação e convicção na religião, oferecendo provas e argumentos que ele mesmo reuniu para fortalecer a fé e o entendimento espiritual.

Mas isso é insuficiente para resumir a profundidade do que Pascal escreveu. Então, bora ler ele na íntegra: Link.